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Como diria Rui Barbosa “A Pátria não é ninguém: são todos. E cada qual tem no seio dela o mesmo direito à idéia, à palavra, à associação.

A Pátria não é um sistema, nem uma seita, nem um monopólio, nem uma forma de governo; é o céu, o solo, o povo, a tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da liberdade.
Os que a servem são os que não invejam, os que não infamam, os que não conspiram, os que não desalentam, os que não emudecem, os que não se acobardam, mas resistem, mas se esforçam, mas pacificam, mas discutem, mas praticam a justiça, a admiração, o entusiasmo.”

Meu coração está cheio quase a ponto de chorar. Nunca estive tão cheio de portos
e navios para adentrar. Eu estou apaixonado pelo simples ato de colocar os sapatos
e caminhar.

E sobre o passado, nada existiu, não fomos nada. Nunca seremos mais que nossa própria concepção do que somos.

E mais uma vez caímos na insensatez.

Toda via não devemos nos ocultar a lutar pelos nossos ideais, mas que estes não ultrapassem a linha tênue entre a ordem e a anarquia.

Eu me sinto roubando-me, sinto carregado.
Eu tenho milhares de coisas para fazer e lugares para ir e discursos para preparar,
mas tudo que eu gostaria era de ficar convosco para sempre.
Os carros seguem passando, quando tenho sede, hesito em beber, mas eu ainda tenho o velho compromisso de deitar a fronte para o descanso mínimo e não conseguir descansar.

Junho passou impune, foi uma avalanche atrasada de dor que só culminaram suas fatalidades nos primeiros dias de julho.

Já tínhamos as notícias das perdas, a moça e o rapaz, ambos, é com muito respeito e dor em um sentimento bondoso que digo, já não estavam entre nós.

Quando me desprendi da lucidez, ao tirar os sapatos e fechar os olhos no colo de minha mulher eu silenciosamente verti um conforto para eles foi muito difícil de acreditar tão cruel destino havia sido sobre nós pátria.

Era como se o tempo não tivesse passado ou tivéssemos simplesmente sonhando um sonho ruim inacordável.
Ao bater o portão, me confundi e ao iniciar meu peito uma taquicardia um quase ataque de consciência desnecessária pensei que não haveria remédio.
Os novos dias virão às páginas serão preenchidas com a palavra do amanhã espero na força da fé em si acredito na alma e na força das mãos que tocam e se reconhecem.
Não existe mais o ontem, já não sou eu olha pra si e só, nada aconteceu.

Antes da refreada da dor eu estive no inferno da mente e o corpo agora me é prisão
para o ultramar e velhas ruas. Veja, eu sou um homem bom minhas mãos estão calejadas de amor.
Os diabos foram exterminados um a um, somente o divinizado quedou n'água e agora você me pergunta pelas sementes, deus?
Eu vim sem elas porque elas já estão na terra.

E agora me enche de ternura o peito, eu estou desconsolado mal consigo fechar os olhos, mas logo ao chegar dos pássaros os fecharei.
“Sou o homem mais feliz do mundo eu estou vivo hoje e se ainda fosse só por hoje já seria o suficiente".

POSTED BY Karina ON domingo, 6 de junho de 2010 @ 20:32
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