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Pão de açucar mascavo
Sinto o cheiro dele no cinto de segurança.
Todo esse paradoxo de segurança e insegurança assola minha mente.
Amo esse jeito dele.
Ele se virou pra mim num momento e sorriu, não resisti e fiz palm face.
- Chata – ele disse.
Adoro esse jeito dele.
Ele estacionou o carro próximo a praia, no acostamento.
Andamos até lá.
Fiquei imaginando nosso futuro, passando a mão pelas altas ervas daninhas que cresciam na areia. E se tivéssemos um filho?
Se fosse menina, ela me acharia linda e ia querer usar minhas roupas; eu passaria batom carmim nela e daria beijinhos de esquimó em suas bochechas.
Ele parou na minha frente, encarando minha seriedade.
O sol refletia nos olhos cor de petróleo dele e sua pele dourada ganhava um tom único.
Ele se inclinou pra me beijar, eu desviei de propósito e continuei a andar olhando para o chão e escondendo uma risada.
Se nosso filho fosse um menino, ele seria igual ao Lucas, com seu belo sorriso e seu nobre coração.
Ele acabou me alcançando e apenas sentamos e observamos o mar, aquele calorzinho do sol de inverno em nossos corpos e aquela sensação de aconchego.
Não fizemos mais nada.
Curtimos o silêncio e o pôr-do-sol.
POSTED BY Karina ON sexta-feira, 26 de março de 2010 @ 22:11
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